Entende-se por esquema corporal a percepção global ou ainda a nomeação e/ou reconhecimento de partes específicas ou gerais do corpo humano à partir do próprio corpo ou do corpo do terapeuta ou, ainda, no plano através de uma figura que pode ser, por exemplo, um desenho ou um jogo de encaixe. Finger (1986) definiu o esquema corporal como o centro de nossa vivência universo-pessoa.
O esquema
corporal constitui o elemento básico para que a criança construa sua
personalidade já que não se trata apenas de uma entidade biológica ou física
mas sim, do resultado e pré-requisito principal de uma relação adequada entre o indivíduo e o meio ambiente.
Desta
forma, o conhecimento do esquema corporal pela criança é básico para que ela
estabeleça uma organização de todos os seus atos motores e de suas ações, em
geral. Isto é, para que exista um ato motor organizado, é fundamental que
exista a formação de uma imagem motora que é constituída pela interiorização de
outros atos iguais já realizados, o que significa dizer que, os esquemas
motores só podem ser formados à partir
de um esquema corpóreo bem estruturado. Falhas no desenvolvimento do
esquema corporal levam à sensíveis alterações na execução dos movimentos
coordenados, na coordenação visuomotora e no
equilíbrio.
O
desenvolvimento do esquema corporal
evolui com enorme lentidão, segundo Finger (1986),
durante a primeira infância e, só alcança seu total desenvolvimento, por volta
dos doze anos de idade.
(Texto
escrito por Dra. Sacha Queiroz – Terapeuta Ocupacional)
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