terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

AUTISMO E INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA ATRAVÉS DO PECS


O autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento, caracterizado pela tríade de dificuldade de interação social, alterações comportamentais e desvios na comunicação. Ainda não há uma causa definida para o autismo; muitos autores falam em uma hipótese de múltiplos fatores que poderiam causá-lo entre eles: genéticos, biológicos, psicológicos, afetivos e cognitivos.

            Considerando a dificuldade apresentada pelas crianças com autismo no desenvolvimento de uma forma de comunicação seja ela verbal ou não verbal, a Fonoaudiologia torna-se essencial no processo terapêutico destes pacientes para auxiliar no desenvolvimento da linguagem, que é parte importante para aquisição da independência, e, assim que diagnosticado o autismo, a terapia fonoaudiológica deve ser iniciada.

            O Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS - Picture Exchange Communication System) foi desenvolvido por Lori A. Frost e Andrew Bondy, “como um meio de ensinar a crianças com autismo e deficiências de desenvolvimento relacionadas um meio de comunicação funcional que pode ser adquirido rapidamente e auto iniciado” (Manual de Treinamento – Segunda Edição, 2002).

            O PECS trabalha com a comunicação através de figuras, incentivando sempre um comportamento dirigido a outra pessoa, que é o que caracteriza a comunicação. Ele é uma forma de comunicação alternativa e/ou aumentativa divido em várias fases, que pode ser utilizado com crianças e adultos com diversas deficiências (Autismo, Síndrome de Down quando não fala, Paralisia Cerebral, vítimas de TCE e AVE).

            Quando utilizado com crianças autistas deve ser introduzido de preferência o mais precoce possível, pois pode servir como método facilitador para a aquisição da fala. A introdução do PECS, apesar de ter se mostrado eficaz para desenvolvimento da fala em muitos casos, não garante a aquisição da fala, porém, garante a possibilidade de uma comunicação funcional e em crianças que já falam pode ajudar na expansão do vocabulário. E lembre-se: sempre que houver problemas de Comunicação procure o seu Fonoaudiólogo!

( Texto escrito por Dra. Priscila Silva - Fonoaudióloga CRFa 12712 RJ)

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